"Ainda nao nasci. Estou no ventre da minha mãe, o seu ventre é o cosmos. Algo me puxa, não sinto nada, ainda não estou apta para ver. O que se está a passar, onde estou, que luz é esta caralho?"
E assim, para a desordem me lançam. Mas não terá assunto debater a miséria na qual estamos, porque sobre ela ja me debato demasiado. São 10 da manha. É domingo. Cheguei a casa as 6h da manha e estou aqui, acordada e escrever, estou a flipar tanto que até uso palavras tipo flipar. No way. Escrita formal. Esqueçam o flipar. Epa assim nao dá. Não vou conseguir transmitir o que estou mesmo a pensar sem ficarem a pensar que sou doida. Whatever, tou me a cagar para o que pensas de mim. Agora lê o resto.
(Pausa para beber um chá)
Anyway, o que eu quero dizer é que nenhum de nos se lembra do exacto momento em que deixamos de estar no ventre materno e passamos para o lado de cá. Mas estranhamente todos portamos no nosso subconsciente a sensação de que se estava mesmo bem quando se estava lá. Se calhar temos razão.
Se repararem, há alguém que quer que ache que não temos. Nós estamos no ventre, aquilo é tudo para nós, quando de lá sais, o que levas contigo dali é o sangue, e esse sangue tiram to logo, para que nem uma réstia de cosmos penetre nos teus poros já corrompidos pelo próprio oxigénio deste falhado mundo. Sim, porque o mundo é um grande FAIL (up yours Bush!). Assim que te tiram o sangue, segues nesta vida onde te tentam impingir que o sangue é nojento ou até te tratam como tolinho se gostares de sangue, do género " What the fuck tu vês filmes com sangue és mesmo marada dos cornos ca granda nojo és totil esquisita". Não. Calem-se todos com essa merda. O sangue é aquilo que está dentro de mim, é o que me faz viver, era o único vestígio do cosmos onde outrora vivi e agora foi-se. Tiraram-mo. Os filhos da puta levaram a única coisa que eu tinha e que era minha, da minha mãe, livre de corrupção deste mundo imundo e nojento, desta pocilga de merda. Ok, abranda os ânimos mulher.
Tiraram me o unico vestigio do que outrora fui assim que aqui cheguei. Quer isso portanto dizer que alguém não quer que eu me lembre de quem eu era. E Porquê? E quem é esse alguém que me tirou do sangue e do ventre da minha mãe?
Por muito diferentes que sejamos temos todos algo em comum. O sangue. O sangue une-nos. É mais do que um liquido vermelho ou azul que anda nas veias e as pessoas inventaram que mete nojo. O sangue é humano. Une-nos a todos. E o que precisamos mais agora é estar todos unidos.
Começa por ti, une-te a mim, o meu sangue é o teu sangue.
Que fique aqui bem claro que eu sou uma pessoa normal e profundamente sã.
ahahahah querias não ser sã???
ReplyDeletegostei muito de ler esta tua perspectiva da vida e da miséria do mundo e também dos idiotas que aqui vivem.
Anyway, não acho-te nenhuma maluca (weeeee ), e sinceramente acho que toda a gente preferia voltar para o ventre da mãe, onde tudo era perfeito e simples....
So, sangue é sangue portanto concordo contigo. (a)
Aposto que foram os Sacos.
ReplyDeleteSão eles que andam a controlar esta merda toda porque só no exterior desse cosmos era possível adorar Sacos
Tens razao duarte :)
ReplyDeleteMay the ~Lucy be with you