Disseste me que ser feliz dependia de quem sou e da crença que em mim deposito. Já discordei. Permite-me que discorde mais uma vez. Assim que me conformar com o que sou ou o que possuo, estarei morta e aqui deixarei de estar, está morta a minha alma. Alma imortal assim não é.
Não sou assim. Não nasci para me conformar. Não me contento com o que tenho muito menos sendo o que tenho tudo menos algo carregado de qualidades qual vaso de flores na primavera. Eu sou só um molho de rosas secas e negras. Nem sequer tenho vaso. Estou na berma de um rio e ainda não me deixei ir na corrente. Não só por não querer. Mesmo que fosse a minha vontade seguir a corrente que esse rio toma, não iria eu sei capaz de o acompanhar. Rios há-os aos montes carregados de águas turvadas por corrupção e discórdia. Não quero um rio desses.
No meu rio há cores e smoke on the water. Só não sei onde ele está. Já terá sêco qui'çá.
Eu como um eterno falhanço. O declínio do pó que se acumula sobre o espelho partido.
Dois gatos mortos na rua. Foram outrora felizes. Eu viva em casa, procurando saber o que é ser feliz.
Tu já procuras, secalhar até já sabes. Tens uma resposta-para ti. Mas eu não sigo a tua, não iria funcionar. Eu sou diferente de ti, tal como todos somos uns dos outros.
Eu ainda procuro a minha resposta. É claramente uma resposta mais difícil de encontrar do que a tua. Ou se calhar eu sou má a procura-la, como a tudo o resto que tento fazer.
Une merde.
Mas a vida é assim mesmo. A morte será melhor.
Que a sanidade esteja comigo.
Boas noites.
e a insanidade comigo.
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